terça-feira, 27 de setembro de 2011

Não vou soltar

"No es en las palabras ni es en las promesas donde la historia tiene su motor secreto, solo es el amor en la cruz madurado, el amor que mueve todo el universo...". 

Sempre digo que é difícil falar do que nos é precioso, do que é mais nosso... E ultimamente tem sido difícil falar de Amor.
Talvez eu nunca tivesse experimentado uma saudação do Bom Deus de forma tão sensível, tão providente e especial.

Enxergo toda forma de Amor como manifestação do Amor de Deus por nós.
Se sou capaz de amar é porque fui, sou e sempre serei amado com um amor incondicional, quanto mais reconheço este amor na minha vida mais posso partilhar.
Um exercício constante de saber enxergar a Divina Providência atuando.

Amar dá medo. De perder, magoar, não ser compreendido, de deixar-se conhecer com qualidades e defeitos.
Se o amor é medíocre ele prende-se aos medos, mas se é capaz de educar-se, de alimentar-se de verdade, de querer ser melhor, de dizer e também silenciar, de sentir e doer, e deixar que doa, pois a dor também é lembrança...Eis o Ágape, o Amor Maior.

Amar nunca é demais, mas quando o amor é muito também assusta.
Quando digo que amo uma vez, já repeti mil vezes dentro de mim.
Aqui dentro tudo faz eco, tanto o que falo quanto o que escuto.
Preciso guardar as vezes, numa experiência de maturar o que sinto e assimilar o que o outro sente.

Estou aprendendo a lidar, a cuidar.
Como diz a música, não quero que seja um sentimento ou um deslumbramento passageiro.
É preciso criar raízes, mas para isso a semente tem que irromper... E pode ser que doa.
E também vou descobrindo, entendendo, me surpreendendo e me encantando.

É o melhor de mim.
E eu confio que vale o meu tudo.

"...e se não estivesse, se não te tivesse, seria menos eu...".





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