Meus problemas transformam-se, agigantam-se, amedrontam, perseguem... Meus fantasmas.
Sem céu e sem chão flutuo em um vazio que se apropria de tudo que me preenchia.
Dias que o melhor lugar para estar é um abraço, numa lacuna do tempo onde não importa se é segunda-feira e quantas horas tenho para dormir.
Leio e releio minhas próprias reflexões e fica a dúvida: quem é essa inabalável que vive dentro de mim?
E essa cara de choro é na verdade uma alergia às minhas fraquezas.
Meu coração não consegue respirar. Sufocado, apertado...
Sinto uma mão o esmagando, e quase vejo escorrer pelos braços a coragem, a confiança, tudo que me oxigena, que renova.
Resta a heroica palpitação que não desiste de mim.
Contrapondo essa tendência de caos tento lembrar de ser feliz.
Organizar as prateleiras dentro de mim, esticar os lençóis...
Repito: não amargar, não amargar, não amargar.
É mais fácil explicar um sorriso que uma lágrima.
É uma enxurrada de pensamentos, sensações, sentimentos, lembranças e saudade.
É uma tormenta onde não consigo nadar.
Não quero afundar, afogar, me perder, mas...
Na minha janela está chovendo, e tem uma goteira dentro de mim.
Hoje descobri, mais uma vez, que para viver, preciso morrer primeiro...
ResponderExcluirMesmo que seja afogada na goteira, para começar tudo outra vez no dia seguinte ...
Beijo querida